Sou Feita de Amor

Amor. De amor vivo e acredito. Enfrento meus abismos com a mesma coragem de um apaixonado que se coloca na frente de uma bala por quem ama. Sinto medos tão profundos como quando alguém diz a uma pequena menina que fadas não existem, ou quando uma mãe tem a triste visão do filho partindo pra uma guerra. Trago no peito a força de um pai que se dedica para proteger a família, e cometo erros embriagada de amor na mesma proporção de impulso que uma jovem adolescente pensa em fugir de casa para viver solta e livre de gaiolas impostas por quem tem um ponto de vista diferente do que é amar. 

Em cada curva que o caminho da vida faz, ele sempre vai estar lá, seja para dar boas vindas quando um casal vibra com o nascimento do filho, ou para aconchegar com ternura a mulher amada depois de um dia cansativo de trabalho. Às vezes vem com o gosto amargo da decepção, quando se percebe que o outro nunca nem ouviu falar sobre ele, mas traz na bagagem o renascimento, como uma fênix que chega ao fim da vida e nasce outra vez. Possibilitando a incrível oportunidade de viver o amor real e que traz paz pro coração, vivendo a alegria refletida nos olhos de um músico ao ouvir uma bela canção. 

Por um instante meu coração quase parou quando ouvi alguém dizer que “amor não existe”, uma apunhalada tão forte no peito e a infeliz dúvida sobre minha existência. Senti nas costas o peso da responsabilidade de dividir esse amor do qual fui criada. E trazer a memória de quem um dia dançou na presença dele e velejou no barco de águas passadas. Como o mistério e a grandeza do infinito, de amor vivo e acredito.

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